Uma das tarefas mais difíceis no campo da genética foi descobrir não apenas quais genes contribuem para a ocorrência da doença, mas o que liga ou desliga esses genes, o que torna uma pessoa com esses genes doente, enquanto a outra permanece saudável.
Pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins e do Instituto Karolinska, na Suécia, disseram que encontraram uma maneira de avaliar a regulação genética usando rótulos químicos que dizem aos genes para serem ou não ativos.
Pesquisadores compararam 354 pacientes com artrite reumatóide recentemente diagnosticados com 337 pessoas saudáveis para estudar seu DNA para marcas químicas, grupos metil que podem se ligar a genes e ativá-los ou desativá-los.
Foi muito mais complicado do que apenas estudar os genes em si, que permanecem inalterados. As etiquetas químicas não são tão estáveis. Sua presença pode ser afetada pelo ambiente, pelas drogas ou até pela atividade de outros genes distantes. Podem ser uma consequência da doença ou causar a doença eles mesmos.
Os cientistas descobriram quatro rótulos que estão associados à doença. Eles foram encontrados em um grupo de genes que controlam a resposta imune e são conhecidos por afetar o risco de artrite reumatóide.
Os rótulos químicos podem ajudar a determinar se uma pessoa com genes específicos desenvolverá a doença. No grupo de controle, havia pessoas que carregavam variações do gene que determina a tendência de uma pessoa para a artrite, mas elas não tinham esses quatro rótulos químicos, respectivamente, e não havia doença.
