Você gasta muito tempo na frente da TV e é um verdadeiro fã de programas de TV românticos? Então você, como nenhum outro, está familiarizado com o sentimento de expectativa apaixonada de um final feliz e se preocupa com o destino dos personagens principais das histórias de amor. Mas pergunte a si mesmo: que efeito isso tem no amor e nos relacionamentos na vida real?
Cientistas do Albion College decidiram estudar este tópico. Para conduzir o estudo, mais de 390 amantes do melodrama que estão casados há pelo menos 19 anos foram entrevistados por satisfação com suas relações amorosas e expectativas. Acontece que quanto mais as pessoas foram inspiradas por histórias de amor na tela da TV e se solidarizaram com elas, mais críticas começaram a olhar para seus próprios relacionamentos e seus parceiros.
"Descobri que as pessoas que acreditam em histórias fictícias e relacionamentos amorosos estão começando a se afastar gradualmente de seu verdadeiro parceiro", explica o Dr. Jeremy Osbourne, funcionário do Albion College. Não menos digno de nota é o fato de que quanto mais o espectador acredita em romances filmados, mais escrupulosamente ele começa a se relacionar com seu amante, compará-lo com os personagens nos filmes, condená-lo numa atitude insuficientemente atenta e gentil consigo mesmo, perceber nele desagradável e ruim lados de caráter e, finalmente, a culpa de que seu relacionamento é um desperdício de tempo e esforço. Há pensamentos de que seu casamento é um fardo pesado e, além disso, existe uma vida vasta, interessante e fascinante que está para sempre fechada.
O cientista também afirma que o número de melodramas e programas de TV assistidos é completamente irrelevante. Literalmente, depois de ver uma ou várias histórias de amor fictícias, uma pessoa pode começar a superestimar radicalmente os conceitos de “amor”, “amizade”, “família”.
Em contraste com essa afirmação, pode-se dizer que os dramas com heróis infelizes e filmes sobre esposas más, nocivas e desagradáveis devem nos tranquilizar, nos fazer felizes e nos deixar contentes com o que temos. No entanto, a melhor conclusão acima é que devemos dar mais atenção à nossa vida real, mais precisamente, à única pessoa maravilhosa e amada, sem mergulhar no mundo virtual das relações ideais fictícias.
